A exposição sobre a influência portuguesa na formação do Brasil chega nesta terça-feira ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo, onde permanece até 7 de setembro.
A exposição "Lusa - a Matriz Portuguesa" já foi visitada por cerca de 840 mil pessoas em suas passagem pelo Rio de Janeiro (de 11 de outubro a 10 de fevereiro) e por Brasília (de 26 de fevereiro a 4 de maio).
"Queremos fazer um belo número", disse na segunda-feira à Agência Lusa o organizador Marcello Dantas, durante a abertura oficial da mostra.
Segundo Dantas, o sucesso da mostra já foi garantido nas etapas anteriores e a meta agora é totalizar um milhão de visitantes com a passagem pela capital paulista.
"Lusa - a Matriz Portuguesa" mostra a contribuição da cultura lusa para a formação da nacionalidade brasileira, a partir da chegada da família real, em 1808.
A exposição revela as origens de Portugal, desde a pré-história até 1.500, os povos antigos, o domínio romano, a presença cristã, judaica e árabe e a formação das fronteiras até o apogeu da era dos descobrimentos marítimos.
A mostra original inclui 147 peças de 38 instituições portuguesas, como objetos em mármore, pedra, ouro, azulejos, pinturas, esculturas, achados arqueológicos e mapas, acompanhados por recursos multimídia. Algumas peças nunca haviam deixado Portugal.
No acervo da exposição estão cerca de 40 peças consideradas verdadeiros tesouros portugueses, como um guerreiro em granito e um colar de ouro celta.
Entre as instituições portuguesas que cederam objetos à exposição estão o Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Nacional de Arte Antiga, o Museu Monográfico de Conímbriga, o Museu de Alberto Sampaio e o Museu Nacional do Azulejo.
Por limitações no espaço do CCBB, cerca de 20 peças foram retiradas para a mostra em São Paulo, o que, segundo o organizador, não traz prejuízo ao público.
"Trata-se de um trabalho de resgate inédito. Nós nunca fizemos essa exposição em Portugal", destacou o embaixador luso em Brasília, Francisco Seixas da Costa, na abertura oficial da exibição.
"É um Portugal um pouco diferente do que é mostrado no Brasil, um Portugal antes das caravelas, com a gênese de suas raízes", disse o diplomata.
A exposição se insere em uma trilogia sobre a formação étnica brasileira, criada pelo CCBB, e foi precedida pelas mostras "Arte da África" e "Antes - Histórias da Pré-História".