Folha de S. Paulo . 24/01/2008
Memorial preserva as histórias dos imigrantes

A zona leste guarda, em seus domínios, uma homenagem aos imigrantes que moldaram não só os os bairros dessa porção da cidade como a cara da cidade toda. O Memorial do Imigrante recupera a história daqueles que chegaram em busca de trabalho e passavam cinco dias ali antes de rumar para
as lavouras de café que cresciamemtodoo Estado.

Só o prédio já compensa a visita. A sala que conta a história da hospedaria, no fim do corredor da direita, é a melhor. Com vídeo e disposição de peças em ‘backlights’ ou focos de luz, deveria dar o tomde toda a exposição —as outras salas, como a que conta a história do café noBrasil ou a que reproduz a cidade como era antigamente, carecemde renovação.

Os visitantes se concentram nos terminais de computador em que é possível consultar quando as famílias chegaram ao Brasil a partir de uma pesquisa feita com o sobrenome.

Programação

Amanhã, o memorial comemora o aniversário da cidade com a abertura da exposição “MeuNordeste Paulistano”, com 20 imagens produzidas por filhos de migrantes nordestinos moradores da faveladeParaisópolis. Haverátambémo10ºEncontro de Carros Antigos e Raros, com 30 automóveis, e
o 10ºCorso de Carnaval, desfile de carros conversíveis comfoliões fantasiados.

O memorial também faz sessões de cinema aos sábados, comfilmes relacionados à imigração. A próxima é depois de amanhã, sábado, às 14h, com o longa “Tudo por um Sonho” (1995), de Mira Nair, com Anjelica Houston e Alfred Molina. Aos sábados, o bondinho faz um passeio na região.